Ainda falta um tempo até a estreia da terceira edição do Big Brother Canada (23 de março), mas a GlobalTV  já começou a divulgação do programa. Desde o dia 30 de janeiro, a emissora está a veicular três promos da estreia, com momentos da edição passada e textos como "Drama is coming" e "Canada, the countdown is on". Veja abaixo, deu até para matar a saudade desse povo:


Tem até a promo com cara de Survivor, mas destacando que a batalha final será "indoor". Ainda falta muito para o dia 23/03? Chega logo! #BBCAN3

Tudo começou quando o Philosopop (@philosopop) me contou durante um "Skype" sobre a estreia de um reality show americano com um contexto bem interessante: 'estilo Big Brother' só que com dois mundos opostos, o Futuro e o Passado. Na hora achei interessantíssimo e tratei de buscar sobre e me deparei com Opposite Worlds e assim comecei a acompanhar o programa.

O programa, que é produzido pela Syfy, é baseado no reality chileno Mundos Opuestos, que foi ao ar em 2013. Em resumo, o programa é um reality show de convivência que tem o tema central de "mundos opostos", como diz o nome. No caso da primeira temporada, foram 14 participantes, separados em dois times, Epoch e Chronos, disputando 100 mil  dólares. O time Chronos foi para o "futuro" e o time Epoch ficou no "passado".

O programa se passa em uma casa dividida por um vidro. De um lado, o "futuro" é tecnológico, extremamente clean e confortável, com comida da mais alta qualidade. Do outro lado, o "passado" é sujo, altamente desconfortável (o banheiro, por exemplo, é apenas um buraco) e com comidas que beiram o nojento.


Outro diferencial do reality é a integração com o Twitter, que pode mudar o rumo do jogo. Através da rede social, um sistema identificava o participante mais popular e o menos popular e assim eram dadas recompensas e penalidades, respectivamente.

O jogo funciona da seguinte maneira: É realizada uma prova entre os times chamada 'Worldly Challenge', em que o time vencedor tem o poder de escolher em que mundo quer ficar, "futuro" ou "passado". Em outro momento, os participantes escolhem, entre si, um de cada time para ficar imune, e assim é aberta uma votação para o público. O povo de casa escolhe, entre os dois imunes (um de cada time), quem deve ter o poder de indicar dois, um do time oposto e outro do próprio time para a prova 'Duel of Destiny', em que um sairá. Toda semana um é eliminado (mas também acontecem eliminações duplas).

E assim é o Opposite Worlds. Um experimento social (e de mídias sociais) para definir como os participantes se comportam em mundos opostos. Acompanhei toda a primeira temporada e, no geral, gostei e valeu a pena. O visual do programa é lindo, provas ótimas, participantes interessantes e um jogo "raso", mas legal de se ver (provavelmente porque é a primeira temporada e não sabem ainda "como" se joga essa "brincadeira").

Enfim, recomendo para quem quiser ver algo diferente. Só existe um ponto em que o programa pode mudar e assim melhorar todo o resto:

Menos "força": As provas do programa são elogiáveis. Bem pensadas, elas desafiam muito bem os participantes. Só que deviam mudar o foco "força": exigem muito força e pessoas interessantes, com um jogo legal, saem no meio por não serem tão fortes e ágeis como outros. Como um espectador bem disse, o nome do programa poderia ser "Quem é o mais forte?". Mas existem algumas interessantes exceções que devem ser pontuadas, como a prova dos "Elementos" e a prova do "Robô" e "Quebra-Cabeça na água".

Não contarei spoilers aqui para quem quer assistir ao programa. Todos os episódios são encontrados via torrent e algumas pessoas até arriscaram um streaming. Enfim, bom programa para quem irá assistir e boa espera para a segunda temporada para quem já terminou. Se eu assistirei a segunda temporada? Com certeza.
E o BBB15 vem com os mesmo assuntos desde o começo. Vinheta de Francieli e nada mais. A edição dessa segunda (27) serviu para mostrar abertamente para o telespectador de casa - que não tem acesso a redes sociais e site - o que está acontecendo na casa. Tudo mastigadinho para nenhum Britto Jr. colocar defeito.

Hoje a casa conta com dois "casais": Fernando e Aline e Rafael e Talita. Mas sabe qual foi o maior triunfo da edição? Simplesmente ignorar os casais para mostrar o que realmente importa. O triângulo. Mas não amoroso, jogador. Temos três pilares no atual BBB. Fran, Fernando e Marco.


A primeira chegou na casa já mostrando sua capacidade de jogo liderando um prova de resistência e deixando a vitória com Mariza. Fernando se envolveu com Amanda e agora está com Aline. Marco entrou e mostrou boa capacidade de observação de jogo. Esses eram seus primeiros comportamentos.

E hoje? Hoje Fran está sendo atacada com a história do perfil - onde diz que faria alianças mas queimaria todos no final - injustamente. Não digo injustiça sobre o que disse, e sim por não saber porque está sendo atacada. Isso configura um dos jogos mais baixos possíveis.

Jogo esse que está sendo arquitetado por Fernando. Ele manipulou todos para que direcionassem seus votos para a "moça da facada nas costas". E conseguiu. Jogou (mesmo que baixo) e teve êxito. Já Marco entra na história como "desencadeador" de tudo isso. Foi ele quem soube da informação e tratou de espalhar. Hoje ele vive apenas de monitorar todo o efeito da "BOMBA" como ele mesmo disse.

Provavemente, Fran saia hoje. "Demonizada" por um fato que deveria ser base em qualquer entrada em BBB: jogo. Mas não podemos negar, mesmo com o jogo baixo, que estamos em uma ótima edição como não víamos há tempo. Quem diria que receberíamos um bom triângulo? Mas não amoroso.

Agora é acompanhar o caminho desse triângulo. Se Fran sair, teremos um bom embate futuro entre as duas outras "arestas" do triângulo. Marco com suas ovelhas Mariza e Adrilles e Fernando com seu par Aline e seus "amigos" Rafael e Talita. Interessante mesmo seria se Fran não sair e tudo o que foi planejado descer ladeira abaixo. Então vamos votar para ver essa desconstrução.
Um reality show com pessoas fechadas com o mínimo (já que é quase impossível nenhum) contato com o mundo externo. Assim é como o BBB deveria ser. Mas é isso que está acontecendo na verdade?



BBB tem o mesmo apresentador há 14 anos. O jornalista Pedro Bial comanda o reality show e já virou a "cara" do programa. Ele fica responsável em ser o único contato da casa com o ambiente externo e ser imparcial.

Eis que no episódio após a primeira prova do líder, Bial fez um comentário que ajudou a mudar o rumo do jogo. No carro que "ganhou", estavam Adrilles, Francieli, Tamires e Mariza. O poeta e a professora eram, teoricamente, os mais "fracos" para tal tipo de prova, mas foram liderados por Francieli com o auxílio de Tamires. No final, em um acordo, deram a liderança para Mariza.

Na transmissão ao vivo, Bial perguntou a eles quem havia "liderado" a prova. Rapidamente falaram Francieli. Mas o porquê da pergunta? Isso é necessário? Não. Uma informação irrelevante que desencadeou um comportamento de desconfiança de todos em relação à postura de Fran no jogo.

Outro fato que viola a interferência externa foi a informação que Marco - que substituiu Rogério e entrou depois - plantou na casa que assistiu a vinheta de Francieli, onde a moça disse que "faria alianças mas queimaria todos no final". O teólogo divulgou a notícia a todos e, com a ajuda de Fernando, manipulou todos para colocar Fran no paredão.

Com tudo, consideramos que sim, a informação de Bial em relação à liderança de Fran na prova foi, de certo modo, instrumento de manipulação, juntamente com a conduta da direção de não punir Marco por informação de fora da casa. Isso mudou o jogo. Até quando teremos momentos como esse atravessando o jogo?